Correios, caridade com o dinheiro alheio é muito fácil

As enchentes que atingiram nas últimas semanas várias cidades do estado de Minas Gerais comoveram e mobilizaram milhares de brasileiros país a dentro. A caridade é uma manifestação voluntária e pode ser executada pelo trabalho voluntário ou pela doação privada, em ambos há o preceito de "transmissão de valor(es) pessoais". No entanto, associações de funcionários e entidades sindicais ligados aos Correios aproveitaram tal situação para "lacrar" em cima da boa fé alheia e sobre o cumprimento de suas tarefas.

Postagem em diversas páginas, a exemplo: @todospeloscorreios
Em postagem que seria uma "resposta" ao tweet de um ex-presidenciável (2018), João Amoêdo (Novo), falando sobre a privatização da empresa, ideia que o presidente da república, Jair Bolsonaro (APB), também compartilha. A entidade deixam a entender que a estatal estava de alguma forma prestando serviço de caridade.

No entanto, isso só seria possível se houvesse "transmissão de valor(es) pessoais/privados", a exemplo do que fez a gigante norte-americana Amazon, uma empresa privada que realizou diversas operações de doação e entrega de donativos em desastres como furacões e mais recentemente em desastres de grandes queimadas [*].

No caso dos Correios, os funcionários não abriram mão de seus salários ou horas extras, não abasteceram carros, motos ou aviões, não pagaram taxas de iluminação durante a operação, ou taxas de transporte ou manutenção da infra-estrutura e recursos físicos para manter a empresa. Todos estes gastos foram absorvidos pelo Estado, e por fim, pelos pagadores de impostos.

Por fim, o que estas entidades têm pregado não passa de Caridade com o Dinheiro Alheio. E a prova disso é um segundo poste que convida a quem quiser colaborar que passe em qualquer agência dos Correios, claro, levando sua doação, já que o transporte será pago via impostos em um segundo momento, por todo mundo.

Postagem em diversas páginas, a exemplo: @todospeloscorreios
Então, é muito importante definir quem realmente está praticando a necessária e louvável ação ajuda as famílias afetadas pelos desastres, que é quem compra os mantimentos e paga os envios, o povo brasileiro.

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