Concorrência, do pequeno ao grande empresário: as virtudes de um mercado livre

Artigo escrito por Gabriel Fidelis

Fonte: Instituto Liberal.

A produção de riquezas é algo indispensável para o progresso humano, visto que, a população mundial cresce a cada dia e por conta disso, é cada vez mais, necessário produzir bens necessários à existência humana. Produzir, portanto, é fundamental!

Com o aumento da produção e da produtividade, indivíduos passam a ter mais escolhas na garantia da busca de suprir seus desejos de consumir os produtos que julgarem ser necessários, entre os quais, os indispensáveis à vida, como, os alimentos, medicamentos, etc.

Além desses, podem também consumir os diversos serviços, tais como: educação, saúde, produtos e serviços da tecnologia que contribuem para o conforto da vida moderna.

Produzir, empreender, enfim, desenvolver alguma atividade dessa natureza é uma tarefa complexa que só pode ter êxito por meio do mercado, já que os indivíduos têm características muito diferentes entre si, e por isso, suas preferências por produtos e serviços, são diversas.

Só o mercado é capaz de dar a esses indivíduos capacidades de escolhas para que sigam a sua vida como quiserem (dentro da lei é claro) sem que alguém (ou alguns grupos) dite a sua forma de vida.

Em razão dessa diversidade de escolhas e desejos para os produtos e serviços, por parte dos indivíduos, é natural pensar que os serviços e produtos, devam ser ofertados por empresas privadas, as quais vão atender as diferenças regionais, culturais e religiosas da população, com aquele produto ou serviço que os clientes desejam.

Embora o mercado seja fundamental, em face da cultura educacional do Brasil, a percepção da maioria da população é justamente o contrário. É muito forte a crença de que o Estado deva ofertar a maioria dos serviços e produtos necessários à população, incluindo aí: desde saúde e educação até alimentos e cirurgias para troca de sexo.

Tal crença popular faz com que o tamanho do Estado cresça assustadoramente não apenas no Brasil, mas em diversos países do mundo, assim como os impostos, burocracias e regulamentações, problemas estes que afetam diretamente a classe empresarial e a qualidade dos serviços, já que deixam os produtos mais caros, dificultam a sua capacidade de produção ou mesmo em alguns casos impedem-na.

Fonte: pensador.com.

Ademais, a concorrência entre empresas em um Estado cada vez maior tende a ser menor, já que o Estado passa a ser monopolizador de vários serviços usando a desculpa de que o faz em prol do povo e de que são setores estratégicos, grande exemplo disso é o setor educacional brasileiro, onde as escolas públicas atendem acerca de 90,5℅ de todos os estudantes, e as escolas particulares 9,5℅, mesmo como prestadoras de serviços diferentes, todas essas instituições estão sobre a tutela do Ministério da Educação (MEC) que define grande parte dos conteúdos e matérias a serem estudadas nas escolas, impedindo assim, que escolas tenham currículos diferentes, ou seja, todos os alunos tem que estudar as mesmas coisas, as mesmas matérias.

Se uma escola resolve ir contra essa lógica e começa a ensinar como uma lógica que não esteja presa aos dogmas do MEC, ela corre o risco de não ser reconhecida pelo MEC, o que a torna ilegal, tudo em prol de "igualdade". "progresso" e "qualidade de educação".

O monopólio estatal não é o único problema, há também os oligopólios e monopólios privados, que em sua maioria são formados com a ajuda do governo, dando subsídios e empréstimos a empresas, principalmente as  grandes e as que tem maior amizade com os governantes, fomentando a corrupção (vide o caso da JBS), sufocando o médio e pequeno empresário, fazendo com que só sobrevivam no mercado as grandes empresas, devido as condições impostas pelo Estado e não pelo mercado.

Imagine que você é um pequeno empresário que tem uma Harburgueria e na sua mesma rua exista uma filial do Mcdonalds. Numa sociedade de livre mercado a capacidade que você vai ter de competir com essa grande empresa é maior, já que o que vai diferenciar é a capacidade de oferecer um bom produto a um preço acessível.

É bem provável que as duas empresas conseguissem se sustentar no mercado sem que uma domine a outra por completo, pois as variedades dos produtos ofertados pelas empresas seriam de suma importância para que os clientes escolhessem aquelas que melhor preencham os seus gostos pessoais.

Agora imagine que os impostos subam de 10℅ para 30℅ sobre o faturamento da empresa, uma nova legislação trabalhista aumente o número de benefícios que o patrão deva pagar aos seus funcionários, além de estipular um salário bem maior do que o habitual, qual empresa você acha que se manteria no mercado? A sua que é um pequeno empresário, com um capital curto, ou a do grande empresário que tem um capital maior?

É bem provável que o grande empresário possa resistir mais a esses imprevistos e que consiga tomar os clientes da sua loja no curto prazo, sendo monopolista desse ramo alimentício, ele poderia estipular o preço dos alimentos em um valor maior do que o habitual, as forças de mercados que naturalmente aproveitariam essa brecha para investir e oferecer um produto mais barato e de melhor qualidade, se veem impossibilitadas devido aos muitos impostos e altos custos dos funcionários, resultando em maiores preços, monopólio privado e desemprego, bem como, desemprego.

Portanto, é fundamental a exista de mercados livres e isso significa quebra de monopólios tanto estatal como também privada. Menos Estado, mais o indivíduo. O Brasil precisa de melhor ambiente de negócios para que o mercado possa fluir com naturalidade e assim todos se beneficiarem.

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