Que especie de gente é contra a PEC da Democracia?

Apesar de muito ineditismo nas eleições de 2022, o que mais chama atenção é a corrida do governo eleito para que se aprove uma PEC capaz de "ajustar" os gastos governamentais dos anos que seguirão ao projeto político proposto em campanha, de muita gastança. As estratégias não são inovadoras, barganha política e demagogia.


A primeira estratégia de ataque é a barganha política. Diferentemente do que geralmente se vê, o "toma lá da cá" começou antes dos recém eleitos assumirem seus cargos. O governo eleito de Lula (PT) já assedia o atual congresso para que este vote e aprove uma PEC que pode estourar os gastos em estimados R$200bi.

A razão mais óbvia para esse movimento antecipado é o medo ao próximo congresso, eleito, e pelo menos momentaneamente, de maioria conservadora/liberal.

No entanto, essa jogada é mais perigosa do que parece. Não é apenas sobre dinheiro, é sobre poder. O ex-presidente foi eleito em conjunto a uma ampla coalizão de forças políticas, e claro, para acomodar todas essas forças em seu governo precisará gastar muito dinheiro do contribuinte para satisfazer os desejos de sua base. O detalhe mais importante dessa PEC é a extensão, para os próximos 4 anos (o mandato todo), e assim, eliminando o congresso "do jogo".

Com a chave do banco na mão, o que podemos esperar de um governo comprovadamente ineficiente (e corrupto) para os anos que se seguem?

Ahh, sim. O nome da PEC, PEC da Democracia, claro que também segue o padrão demagógico, afinal, quem seria contra uma PEC com esse nome, ou contra o bem-estar dos mais pobres? Os "Liberais".

Mas sabemos a resposta destas perguntas, e o que está por vir, mais desemprego, mais inflação e mais pobreza.


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