O Público e o incentivo ao empreendedorismo

Hoje, por força de uma tarefa profissional, participei de uma reunião na sede da APPM (Associação Piauiense dos Municípios), incluído entre os quase 200 espectadores no auditório, encontravam-se mais de 50 prefeitos do estado do Piauí. O encontro foi marcado para a apresentação e lançamento de uma ferramenta tecnológica para os associados da entidade. No entanto, o que mais chamou a atenção, foram os primeiros minutos da solenidade, dedicados à divulgação do concurso do SEBRAEPrêmio Sebrae Prefeito Empreendedor, este, visa premiar o gestor municipal que mais e melhor impulsionar a prática do empreendedorismo em seus municípios, em uma etapa estadual e outra nacional.

Mário Lacerda (SEBRAE), Gil Carlos (APPM), Jonas Moura (Pref. Água Branca-PI) - Foto: 180graus.com 

Mas especificamente, na fala do Diretor Superintendente do SEBRAE, Mário Lacerda, primeiro da foto. Que falou das vária categorias do concurso, e mostrou casos de sucesso nas edições passadas. O destaque foi seu lúcido discurso, fortemente liberal, cheio de verdades duras, mesmo que não tão diretamente, do que é um modelo sustentável de atuação e intervenção pública. Que quando voltada a economia, deve se voltar puramente a incentivar e buscar estratégias para guiar os menos favorecidos ao caminho do empreendedorismo, para que estes, tenham a oportunidade de escolher pagar uma escola e/ou um plano de saúde privados para si e seus familiares, e não somente depender e esperar do poder público, para, por exemplo, estes serviços. 

Para todos que estavam atentos a estes 15 minutos iniciais, diante de todo o exposto e das falas, ficou claro que há pessoas capacitadas, interessadas e o mais importante de tudo, atuando na 'ponta' (início) desse processo de incentivo ao empreendedorismo junto ao poder público. Ficou claro também que há recursos físicos e capital, mesmo que não muito, para esse fim, e ao que parece, os órgãos públicos também são capazes de identificar o fim, os objetivos, as pessoas, a serem 'guiadas'. Assim, fica apenas uma questão, por quê essas ações não surtem efeitos práticos mais tangíveis à sociedade, se o 'início' e o 'fim' é conhecido, o que está acontecendo nos 'meios'?

Por fim, o que restou, foi a sensação de que tudo que foi proferido nestes 15 minutos, não alcançou grande parte da plateia, em especial, os chefes do executivo municipal que faziam-se presentes. Não sei se todos entenderam o que foi dito, ou simplesmente não estavam prestando atenção, mas sim trocando cumprimentos com os outros presentes, já pensando nas eleições de 2018. De certo, não tenho como mensurar o impacto deste importante um quarto de hora. Só o que resta é esperar, avaliar e constatar nas urnas se o cidadão brasileiro está realmente atento e consciente do que está por vir e o que quer para seu país e dos seus governantes.

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