Parece comunismo, mas não é, é demagogia

Tratando de política e Brasil, não há discurso mais eficaz e notoriamente popular que os carregados de retórica socialista, mesmo quando os mesmos possuem estreita conexão com a realidade. Para uma simples constatação, deixemos a escanteio o debate em si quanto a necessidade, forma e aplicação das diversas medidas socialistas, mesmo assim, um quesito nunca poderá ser ignorado: A saúde financeira institucional de quem as aplica; Fator "ocultado" no período de campanha pelo governador (reeleito) do Maranhão, Flávio Divo (PCdoB).


Em todo país democrático, os representantes políticos são eleitos de acordo com a vontade popular, e por ela governam de acordo com os recursos disponibilizados e as necessidades reivindicadas por seus cidadãos, o mesmo vale para estados e cidades. Em um campanha eleitoral espera-se que todos exerçam sua obrigação em avaliar seus atuais representantes, compreender sua realidade e necessidades quanto indivíduo e sociedade e exercer o direito de apontar quem e como guiar os novos rumos. Para isso, são necessários não somente, mas principalmente, honestidade dos seus gestores em transmitir de forma transparente a "quantas anda" a saúde financeira da instituição que está gerindo e o mínio de conhecimento para entender estes números.

Após 4 anos de governo Dino, no qual foram contraídos vários empréstimos [☕] junto ao BIRD (Banco Mundial) e outros credores nacionais e internacionais que totalizam mais de 1 bilhão de dólares [☕] ,  e somada à igual ou pior administração dos governos anteriores a ele, o Maranhão encontra-se hoje no grupo dos estados com menos dinheiro em caixa da federação.

Durante toda sua campanha, o governador, elencou seus inúmeros projetos sociais e reforçou a ampliação dos mesmos sem nunca ser questionado por seus adversários ao palácio dos leões, de onde sairão as verbas necessárias para isso, bem como o pagamento, o uso e os resultados obtidos após tamanhos investimento já aplicados no passado.

O Maranhão possui mais da metade da sua população vivendo na pobreza [☕], fato.

Agora reeleito, os indícios que o governador não foi transparente durante sua campanha, pois em nenhum momento falou-se em ajuste fiscal ou reestruturação de finanças, começaram a surgir. O primeiro, no caso do pedido do governo para barrar o reajuste de 21,7% nos salários dos servidores de nível médio e fundamental [☕], vale lembrar que Dino era um defensor desse reajuste na sua primeira campanha [☕] e que também que o mesmo se tratar de uma ordem judicial.

Mas a maior e mais onerosa pista entrou em vigor no início do mês, o reajuste (o terceiro de seu mandato do tipo) do ICMS, que passou de 25% para 28,5% [☕], justamente o imposto que mais penaliza as pessoas com menos poder aquisitivo, pois o mesmo provoca um aumento de preços em cascata em toda a cadeia de produção e comércio.

Por fim, o que circula nas redes sociais são os "memes" rotulando o governador como comunista. Mas de comunismo não há nada (pelo menos concreto), pois este não está fazendo nada mais que sua única escolha. O que existe é a pura demagogia de alguém que não pode (pois assim se elegeu) falar em corte de gastos, mas tem que pagar seus empréstimos, sustentar a máquina e investir.

Aumentar impostos para viabilizar aumentos de gastos é insustentável, desta forma, não seria hora de aplicar ideias realmente eficientes no combate à pobreza, a exemplo de países e províncias europeias e asiáticas as fizeram [☕][☕][☕], expurgando assim as mazelas da fome e do subdesenvolvimento através do caminho da liberdade econômica. Estas práticas também podem ser aplicadas a um estado, que no caso do Maranhão, é maior e com mais potencialidades que muitos dos países que já experimentaram o liberalismo. Desta forma, já que para sonhar não se paga imposto, teria chance um candidato que falasse a verdade e traçasse planos pautados na austeridade e na eficiência, de ser eleito?

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